A vida é cheia de erros e acertos.
Ainda não parei para pensar o quanto eu acertei ou quanto eu errei.
Vendo-me, acredito que tenho tentado acertar quase sempre. E erro. Às vezes erro feio, às vezes erro de um jeito que dá para corrigir, que dá para aceitar.
Às vezes tento às cegas, às escuras. Erro! Acerto!
Parece loucura que nossa vida seja desse jeito.
Tem dias que eu tento levar no meio termo.
Ser morno. Paciente. Osmótico.
Tem dias que eu vejo o erro dos outros e de alguma forma acredito que ela acertou.
Talvez a vida tenha acertado por nós.
Hoje eu estou com um sentimento de arrumar as coisas. Arrumei meu quarto, a cozinha e o banheiro. Mas a área comum deixei como está. Bagunçada ainda. Com uma camada de pó densa e escura.
Que sopre o vento por entre as janelas abertas.
Que os papéis sobre minha mesa voem de encontro ao chão. Não ligo. Me abaixarei calmamente sem reclamar e pegarei um por um. Colocarei-os em ordem e deixarei onde estavam... e esperarei outro vento me mexer.
Não, não é conformismo.
É medo.
Medo de errar ou de acertar.
É só medo.
Medo de chegar o dia em que pesaremos os erros e acertos de nossa vida... Não quero que chegue esse dia.
Por favor, vivam comigo sem correções.
