"Solidão é uma lava que cobre tudo. Amargura em minha boca, sorri seus dentes de chumbo" (Dança da Solidão - Marisa Monte)
Por toda a dor que tenho sentido, ou pela consciência dos meus medos que tem me tomado em assombro e torpor, ei de usar aqui novamente.
Mas não vou macular a beleza, nem vou demonstrar raiva. Aqui apenas um ombro amigo, um ombro silencioso. Ouvi tantas verdades. Ouvi tantos lados. Ouvi a serenidade. Ouvi a empatia. Ouvi o astuto. Ouvi o certeiro.
Quero ouvir meu coração.
Quero ouvir o silêncio.
Mas ouví-lo me deixará ainda mais confuso.
Quero ter mais certezas dos meus passos. Quero ter a leveza de um sonho e a destreza da maturidade. Oh, que me permitam ser maduro sem mudar minha essência. Que eu aprenda a direcionar minha essência para que eu não destrua meus sonhos.
Que com minha essência eu possa preservar o belo que há em mim.
E que esse belo seja só meu. E que eu possa encontrar a vida novamente e que ela me veja como homem. Que a vida me ensine a não ser a matrona romântica. Que eu aprenda a ser o sedutor. Que eu não seja sufocador. Ou que apenas guarde meus sonhos para os momentos certos. Que eu aprenda a não espalhar meus sonhos sobre a mesa esperando que o vento os leve ao chão.
Não. Não há o que temer!
Ir para a frente. Rumo ao futuro.
Deixar o passado em seu lugar.
Quem não passa vontade, perde o desejo.
E o desejo de viver é o único que não vou me privar.
O resto, o corpo se adapta, a alma se aconchega em si mesma, a alegria no abraço terno dos amigos.
E que eles estejam comigo para eu não perder o desejo de sorrir.
E que eu não me perca nesta busca novamente.
E que eu não me machuque e que se houver sangue, que haja luta.
Se houver luta, que haja glória.
Se houver glória, que seja rodeada de amor.
Amém!