domingo, 2 de dezembro de 2012

Ao direito...

Me reservo ao direito de te dedicar ódio.
Não o ódio vazio de um coração partido...
Nem tão pouco um sentimento gratuito!
É aquele ódio em espasmos, que só vem quando penso.
Só se incendeia aos poucos mas nunca chega a incandescer.

Me reservo ao direito de te dedicar ódio.
Não o ódio revolucionário...
Nem tão pouco um sentimento em vão!
É aquele ódio para te manter vivo dentro do meu peito frio.
Mas nem chega a te derreter.

Me reservo ao direito de te dedicar ódio.
Não o ódio sanguinário...
Nem tão pouco um sentimento torturador.
É aquele ódio em cortes, que só sangra poucas gostas,
Que jamais se cura e nem expõe a carne crua.

Me reservo ao direito de te dedicar ódio.
Porque sou masoquista... e quando sangro me sinto vivo.
Mas não um vivo que pulsa...
Nem tão pouco sente dor...
Um vivo anestesiado que só odeia por que sofreu.

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