sábado, 4 de junho de 2011

Chamas em chuva e pó

"Solidão é uma lava que cobre tudo. Amargura em minha boca, sorri seus dentes de chumbo" (Dança da Solidão - Marisa Monte)


Por toda a dor que tenho sentido, ou pela consciência dos meus medos que tem me tomado em assombro e torpor, ei de usar aqui novamente.

Mas não vou macular a beleza, nem vou demonstrar raiva. Aqui apenas um ombro amigo, um ombro silencioso. Ouvi tantas verdades. Ouvi tantos lados. Ouvi a serenidade. Ouvi a empatia. Ouvi o astuto. Ouvi o certeiro.

Quero ouvir meu coração.

Quero ouvir o silêncio.

Mas ouví-lo me deixará ainda mais confuso.

Quero ter mais certezas dos meus passos. Quero ter a leveza de um sonho e a destreza da maturidade. Oh, que me permitam ser maduro sem mudar minha essência. Que eu aprenda a direcionar minha essência para que eu não destrua meus sonhos.

Que com minha essência eu possa preservar o belo que há em mim.

E que esse belo seja só meu. E que eu possa encontrar a vida novamente e que ela me veja como homem. Que a vida me ensine a não ser a matrona romântica. Que eu aprenda a ser o sedutor. Que eu não seja sufocador. Ou que apenas guarde meus sonhos para os momentos certos. Que eu aprenda a não espalhar meus sonhos sobre a mesa esperando que o vento os leve ao chão.

Não. Não há o que temer!

Ir para a frente. Rumo ao futuro.

Deixar o passado em seu lugar.

Quem não passa vontade, perde o desejo.

E o desejo de viver é o único que não vou me privar.

O resto, o corpo se adapta, a alma se aconchega em si mesma, a alegria no abraço terno dos amigos.

E que eles estejam comigo para eu não perder o desejo de sorrir.

E que eu não me perca nesta busca novamente.

E que eu não me machuque e que se houver sangue, que haja luta.

Se houver luta, que haja glória.

Se houver glória, que seja rodeada de amor.

Amém!

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