domingo, 2 de outubro de 2011

Em punho...

Carrego uma rosa vermelha em punho cerrado...
Aperto seu talo com tanta força que os espinhos entram em minha pele...
Sangro.
Perguntou-me porque tanta força...
Não sei se aperto assim para estragar sua beleza
Ou se é medo da sua fuga.
Ouço os espinhos rasgarem minha pele...
Ouço o barulho da dor rompendo o silêncio...
Mas não consigo parar de apertar-lhe.
Quero fragmentar meu medo e meu desejo.
Destruir-lhe!

Ando pela rua sem saber onde ir.
Preciso de um cigarro.
Preciso de água para lavar o sangue...
Não sei o que fazer com você.
Continuarei te esmagando com a outra mão.
E depois de sangrar novamente,
Pisarei descalço sobre seus restos
Na esperança vã de que ainda lhe restem espinhos.

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