Tudo que é voraz, se devora.
Tudo que é intenso, cega.
Tudo que é grandioso, não cabe em si.
Alma pequena.
Alma difusa.
Almas perdidas.
Cegaram-me.
Ensurdeceram-me com promessas vazias.
Com corpos suados e contorcidos.
Agora você vem.
Tem espaço para você em mim.
Tem um buraco para você em mim.
Um abismo desnudo e calmo.
Sou víceras partidas e delegadas à solidão.
Com você não quero ser fraco e nem impreciso.
Quero ser forte e integro.
Quero ser sua alma e seu paladar.
Quero ser seu pensamento mais íntimo e sexo.
Quero partir e voltar.
Quero que você vá.
Vá em mim.
Vá em meu corpo, na sua busca mais árdua.
Você se achará em mim.
Eu em ti.
No silêncio, nas lágrimas e no suor.
Nos campos, vales e na montanha russa.
Cuidaremos um do outro
Pois não podemos perder a alma que nos alegra o dia.
Não podemos perder a alma que nos suspira.
A alma que nos joga no chão, na cama, ao vento.
Não podemos perder mais nada.
Torne-se um só.
Você anda dividido demais.
Você anda fragmentado demais.
Não vou conseguir ser sua alma se estiver tão despedaçado.
Junte-se!
Tenha certeza que não haverá mais perdas.
Não haverá mais explosões.
Eu em ti.
Nada será tão intenso e perene como eu em ti.
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Um outro eu em ti.
ResponderExcluirQue lindo!
Dois corpos entre tantos olhares,
numa mesma dança,
numa mesma alma.